Quando falamos em injeção eletrônica automotiva não podemos nos esquecer do principal item que compõe o sistema: a ECU, considerada o cérebro automotivo.
Pelo fato de ter grande importância ao sistema automotivo, este componente foi desenvolvido com intuito de ser trocado por outro novo quando apresentasse problemas, entretanto, alguns empecilhos começaram a acontecer para a realização da substituição da central, como:
• Alto custo de uma ECU nova;
• Tempo de entrega desse componente pela concessionária;
• Necessidade de um aparelho para casamento da ECU com o Imobilizador (quando necessário).
Foi nesse instante que surgiu a ideia para reparação de módulos, trazendo diversos benefícios ao técnico responsável pelo serviço, que serão tratados logo mais.
A CHIPTRONIC, com o intuito de ajudar você técnico reparador, irá trazer a cada matéria dicas como reparar alguns módulos, e na aula de hoje iremos falar sobre o modelo BOSCH ME7.5.30.
AULA 1: BOSCH ME 7.5.30
DEFEITO: DRIVE DO ELETROINJETOR
Vamos pensar que o GOL 1.0 8V FLEX 2009 do seu cliente não está parando em marcha lenta.
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Após realizar um diagnóstico no sistema da injeção eletrônica com um scanner, você encontre falha no eletroinjetor e faz a verificação.
Primeiro, com um osciloscópio verifica se está chegando sinal aos terminais do atuador, semelhante à imagem em sequência e não encontra nenhum pulso para acionamento do componente.
Então, com um multímetro e o esquema elétrico do veículo (página ao lado), irá verificar a continuidade da fiação, desde o bocal do módulo de injeção até os terminais do eletroinjetor.
Durante esta segunda etapa você verificou a continuidade e concluiu que todos os fios estão inteiros.
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Na maioria dos casos, quando chagasse nesse patamar, os técnicos reparadores iriam substituir a ECU, testar o veículo e caso funcionasse, condenariam o módulo ruim, é então nesse momento que entra o reparo de módulos.
1° passo: Deverá abrir a central de injeção eletrônica e com a ajuda do SOFTWARE ECU REPAIR localizar o componente responsável pelo acionamento do eletroinjetor.
2° passo: após localizar qual o componente responsável pelo acionamento, deve-se localizar qual pino deste componente é de sinal para o eletroinjetor.
3° passo: Com a ajuda de um osciloscópio, verifique se o sinal que estará saindo do pino é semelhante à imagem logo em sequência.
4° passo: se durante o teste encontrar sinal, deverá analisar a trilha que leva o sinal desde a saída do pino do driver até o bocal da central, porém, se nenhum sinal for encontrado no pino de saída de sinal referente ao eletroinjetor sem acionamento, deve-se trocar o DRIVER 30621, por um do mesmo modelo e testar o veículo.
Importante: Como a ECU é um componente de vital importância para o sistema do veículo e pode acarretar graves consequências caso ocorra uma falha, é imprescindível que no momento da reparação o técnico responsável pelo serviço utilize certos critérios, como:
• Substituir o componente defeituoso por um com as mesmas especificações do original definido pelo fabricante;
• Após a realização do reparo deve-se testar a ECU em um simulador de bancada e garantir que este simule todo o consumo elétrico do veículo para que não ocorra falhas quando a ECU for posta em trabalho real;
• Realizar análise técnica do sistema com um scanner e certificar-se que não há falhas.
Seguindo esses critérios e certificando que não há falhas, a ECU pode ser liberada para uso no veículo.
RENTABILIDADE
Financeiramente, o reparo de ECU é uma área muito produtiva. De acordo com o exemplo citado, o reparador deverá trocar o DRIVER 30621, que custa em torno de R$ 35,00. Diante disso, o custo pago pelo cliente referente ao serviço será bem menor e a margem de lucro da empresa será bem maior, sem falar em relação ao tempo do serviço, que é bem mais rápido.
Fonte: Oficina Brasil. Por: Andre Miura